Sobre o jogo como recurso Psicopedagógico

O jogo:

 

O lúdico influencia muito na aprendizagem do ser humano. É através do jogo que a criança se permite experimentar coisas novas, bem como aprende a agir perante determinadas situações. Além disso, a criança aprende a se concentrar, sua imaginação e curiosidade são estimulados e por se permitir explorar, a criança passa a ter mais autoconfiança.

O jogo no contexto psicopedagógico é utilizado para tentar de uma nova maneira, superar algo que não foi possível da forma convencional. Por haver um esforço espontâneo por parte da criança, talvez ela esteja mais aberta para entender algo que antes não foi possível anteriormente. O intuito da utilização do jogo nestes casos é alterar os esquemas antigos da criança, a fim de que ela consiga internalizar e reter mais conteúdo, trazer significado para o conteúdo que ela está tentando aprender. O contato com o material, ou seja, sair do lápis e papel e ir para o concreto, abrem portas para que a criança entre em contato com o lúdico e novas oportunidades de aprendizagem podem ocorrer.

Além disso, o jogo estimula o pensamento, ordenação de espaço e tempo. Através do jogo, a criança entra em contato com outras crianças, e desta forma ela pode se orientar socialmente, caso o jogo seja realizado em grupo. O jogo também possibilita a exploração da parte motora e afetiva da criança, não só da cognitiva. As vantagens adquiridas através do jogo são muitas, desde o desenvolvimento cognitivo, parte motora, social, até o desenvolvimento de habilidades como a coordenação por exemplo. O jogo é uma forma de vínculo, não somente entre os jogadores ou paciente e psicopedagogo, como também uma a vontade de aprender ao prazer de jogar.

O jogo como recurso psicopedagógico:

 

Muitas crianças com dificuldade de aprendizagem chegam ao consultório já com rótulo. O rótulo têm um papel destrutivo quanto à auto estima do paciente. Chega o ponto na qual este paciente já escutou tantas vezes que ele é burro, ou que não consegue aprender, que o estímulo para aprender deixa de existir, ele passa a acreditar que realmente é burro. Neste caso o paciente precisa ser acolhido, precisa de alguém para lhe mostrar novas formas de aprender.

As queixas iniciais podem variar, desde “ele está sempre no mundo da lua” até “ele não consegue compreender”. Os motivos podem ser oriundos de problemas familiares, na própria escola que estuda, ou até mesmo ter algum tipo de problema neurológico. Cabe ao psicopedagogo diagnosticar a causa do seu problema, para poder traçar um plano de ação, como a intervenção será realizada. Isso não quer dizer que o Psicopedagogo deverá resolver todos os problemas sozinhos. Muitas vezes ele pode chegar à conclusão que a criança deverá ser examinada por uma fonoaudióloga, ou um neurologista.

O psicopedagogo utilizará jogos a fim de observar a simbolização e as relações que o paciente estabelece não só com o jogo, mas também com a realidade. É uma ferramenta que permite a formulação de hipóteses e diagnósticos para posteriormente realizar uma intervenção.  O psicopedagogo irá buscar a melhor maneira de ensinar ele, a melhor forma que ele aprende. Muitas vezes o paciente não consegue verbalizar aquilo que o atormenta, caso exista um bloqueio proveniente de causas emocionais, desta forma, ao utilizar recursos como o jogo, o paciente pode vir a conseguir ilustrar o que ele está passando.

O papel do psicopedagogo é ser mediador desta aprendizagem, desequilibrando as estruturas anteriormente constituídas, para reconstruir seu conhecimento e para que o paciente consiga buscar a equilibração. O psicopedagogo, vai apenas auxiliar, guiar o melhor caminho a ser seguido, procurar a melhor forma possível de facilitar o aprendizado, e neste sentido o jogo é uma ferramenta completa. A utilização do jogo deve ser realizada com foco, jamais sem intenções  despretensiosas. Para conseguir obter resultados quanto a origem do bloqueio do aprendizado, o psicopedagogo deve estar preparado e sua atividade deve envolver perguntas que deverão ser respondidas através da utilização dos jogos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bibliografia:

 

http://www.artigonal.com/educacao-artigos/o-jogo-no-processo-de-ensino-e-aprendizagem-340331.html

 

http://www.qdivertido.com.br/verartigo.php?codigo=38

http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=564

 

 

Faculdade – Pedagogia

Quem pensa que a faculdade vai te ensinar a ser professor, se engana. A teoria é apresentada, matérias complexas, como a criança aprende, como se desenvolve? Como lidar com crianças dificeis? Na teoria é tudo lindo, parece fácil. Na prática é tudo quase que imprevisível, o que temos que aprender é a lidar com circunstâncias adversas. O que dá certo com um aluno, pode não dar certo com o outro.

Ensinar é mais complexo do que parece, pelo menos para aqueles que realmente se importam. Por que para aqueles professores que não se importam ensinar é apenas mecânico. O professor que não se importa entra na sala de aula, fala a matéria e se o aluno aprender, ótimo, se não que pena, não está fazendo sua parte…

Mas para aqueles que se importam, ensinar vai além da sala de aula. Já ouviu algum professor falando que “levou para casa”, pois então, nós levamos. Mas levar o que?

Levamos dúvidas, indagações e reflexões que vão além do que os alunos trazem. O professor que se importa sempre reflete sobre a sua prática, sempre busca melhorar, se adaptar, rever seus conceitos. Como motivar os alunos? Como proporcionar uma aula mais interativa? É fácil cair na rotina, mas lembre-se que crianças precisam de desafios. A faculdade é de fundamental importância, mas não se engane, você não vai sair prontinho. O jogo de cintura para lidar com a sala de aula é adquirida com o tempo, na prática mesmo. E o professor também é um eterno aprendiz. Lembre-se que somos humanos, também erramos, mas temos que aprender com nossos erros e devemos ser humildes em relação ao próprio erro. Não há vergonha em errar, só há vergonha em continuar cometendo o mesmo erro.